sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A primeira distância: pernas


A coisa está acontecendo. Vou mesmo brigar. O cara está vindo. Quando ataco?
Resposta simples, clara, direta e sem enrolação? Assim que puder. Literalmente.

Chegamos à primeira distância de combate: chutes.

Se você está tão próximo do seu adversário que já pode alcançá-lo com suas pernas (ele também, provavelmente), é porque está na hora de chutar. Ele já oferece perigo aí. Se avançar mais um pouco, pode fazer qualquer coisa com você. Um soco, uma cotovelada, ou outra coisa maligna pior pode surgir. Absolutamente imprevisível.

Portanto, numa situação de defesa pessoal efetiva, mantenha seu oponente longe. E olhos nele. Não se aproxime do agressor, jamais. Mas também não recue em demasia, a menos que esteja pensando em fugir (é uma questão de estratégia, afinal). Agora, se ELE insistir e vier... Bom, não vai prestar.

Essa é a primeira fase do combate, indiscutivelmente. Algumas artes marciais perceberam sua importância e se especializaram nela, como o coreano Tae Kwon Do. Elas pregam que um bom desempenho aí pode definir a luta.
E pode acreditar: essa fórmula é válida: chute correto + alvo perfeito + hora H = K.O. E nem vai ser necessário um grandioso, espetacular, divino torpedo na cabeça (tipo aquele que pode transmitir mais de 450 quilos de força!). Não são todos que têm esse alongamento, creio. Mas um chute no saco, ou uma antecipação bem-feita no joelho, podem ser importantíssimos. As maiores autoridades em Kung Fú dizem, um unissíno: "chutar é uma arte".



Claro, ter um plano B, para nós, meros mortais, é mais do que importante, é uma questão de sobrevivência. Se o seu adversário for habilidoso, um movimento mal-colocado e game over. Além disso, se pegarem você desprevenido (como geralmente acontece), e o levarem para uma briga no chão, suas técnicas de distância morrem. Perder o momento de atingi-lo com as pernas pode sair caro. "Errar é humano. Perdoar, divino". Citar Pope pode ser bonito, mas não ajuda. Seu adversário não está interessado na sua capacidade intelectual.

A melhor defesa é o ataque. Sem essa de esperar que o golpe inicial venha do inimigo. Se ele for e.g. um boxeador profissional, o primeiro soco pode acabar sendo o último. Aliás, não hesite em se aproveitar disso.

Essa dica vale: pés (geralmente) alcançam primeiro que mãos.
Agora, sempre lembrando que, se for possível, a melhor coisa a se fazer com os seus pés treinados é correr.

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