sábado, 5 de setembro de 2009

As artes marciais hoje...

Qual a importância das artes marciais num mundo onde existem armas de fogo?

Afinal, no quesito “defesa pessoal”, uma pistola é sempre a melhor escolha. Estou aqui, claro, medindo seu valor apenas sob a ótica da segurança particular, ou seja, sua eficiência como instrumento de proteção física. A prática de exercícios, com ganhos infinitos para a saúde, já foi comprovada há muito e é indiscutível.

Há quem diga que o combate desarmado perdeu seu lugar no mundo quando o primeiro tiro foi disparado, na Arábia, em 1304. Mas, se isso é verdade, por que o Exército de Israel pratica Krav Magá? O Estado Judeu seria o último lugar do planeta para uma luta corpo-a-corpo, não é mesmo?

Elementar, meu caro Watson.

O treinamento marcial traz agilidade, autocontrole, coordenação motora, pensamento estratégico, força, disciplina, método, idéia de confiança, aprimoramento máximo de reflexos, capacidade de resposta imediata potencializada, sangue-frio, a própria experiência em luta desarmada, condicionamento mental, psicológico e, acima de tudo, um entendimento maior do seu corpo. Além de, claro, melhora extraordinária no desempenho físico. Um combatente sempre precisa estar em condições de empunhar durante dias, por exemplo, um Fuzil Automático Leve (FAL), que pesa – sem carregador – mais de quatro quilos!


Essas são características elementares que um soldado de infantaria deve ter para sobreviver numa front de batalha! Onde encontrar tudo isso, por um preço camarada? Bem-vindo ao “Martial Arts Shopping Center”!

Sim, mesmo uma batalha moderníssima, com aviões e tanques, pode evoluir para um combate corpo-a-corpo. Duvida? Reza a lenda dos Fuzileiros Navais Britânicos que, no século XVII, durante uma operação, o príncipe herdeiro viu sua munição acabar e só salvou-se da morte graças ao uso da baioneta. A existência desse pequeno sabre, até hoje, nos mostra que as Forças Armadas do mundo inteiro, em matéria de guerra, ainda vêem a luta desarmada como uma possibilidade constantemente REAL.

Quando menos se espera, o imprevisto acontece, e, numa batalha, contar com as piores situações faz parte da rotina.

É preciso garantir que, sem sua arma, o soldado não se torne um completo inútil. Se acontecer de ele perdê-la, ou ser pêgo desprevenido, terá sempre uma chance a mais. É óbvio que uma arma de fogo é sempre o primeiro plano, mas o militar não está preso unicamente a ela. Emergência.

Essa é a verdade.

Mas, e a realidade urbana? O dia-a-dia? Como isso se aplica? No Brasil, por exemplo, andar com um revólver ou uma pistola, se você não tiver porte, dá até cadeia. Sim, CRIME. Detenção de um a dois anos e multa. Entretanto, um artista marcial bem-treinado é uma arma! Vejam só: um Mawashi-Geri de Karatê pode transmitir mais de 450 quilos de força para a cabeça! Head shot! Judocas usam essa mesma quantidade de energia para partir um braço ao meio com o Juji Gatame (Arm-Lock). Praticantes de Muay Thai abusam dos cotovelos em golpes que têm um altíssimo poder de penetração, fazem dos ossos verdadeiras facas. Boxeadores possuem socos lendários. Um bom praticante de Escrima sabe manejar uma caneta, uma chave ou uma garrafa, objetos quaisquer, com uma perícia notável, e fazê-los letais, se for o caso. Isso é conhecimento bélico! E pode ser aplicado. Há quem diga que, em situações de extremo perigo, contra pistolas, um rolamento pode tirá-lo da linha de fogo! Isso nos leva ao motivo que faz alguém procurar um curso de Defesa Pessoal. É o mesmo que leva a colocar câmeras, cercas eletrificadas e alarmes numa casa. Segurança. Por quê? No caso do nosso país, em específico, deve ser (talvez!) porque possuímos índices altíssimos de violência urbana, maiores até do que países em guerra. Vivemos “uma epidemia de violência social”.

No mundo de hoje, todos querem matá-lo. Então, proteja-se.

Com artes marciais, soco-inglês ou spray de pimenta.

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